Torta de nata à Isabel (torta de nata a lo Isabel) Charito Peraza
Informações da receita
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- Para o pão de ló tradicional de minha família por diversas gerações
- 6 ovos (separando gema e clara)
- 6 colheres (sopa) de açúcar em pó ou granulado
- 6 colheres (sopa) de farinha de trigo peneirada ou fécula de batata
- a casca ralada de um limão
- 1/2 colher (sopa) de essência de baunilha
- Para o recheio:
- vinho do Porto doce
- calda de açúcar, preparada previamente com um pouquinho de canela e cravo-da-índia.
- nozes picadas (de forma grotesca, não muito miúdas nem muito grandes).
- nata de leite em abundância (não industrializada)
- amêndoas picadas (de forma grotesca, não muito miúdas nem muito grandes)
- uvas passas sem sementes (deixadas de molho desde o dia anterior para que fiquem suaves)
- canela em pó
- 1 ovo ligeiramente batido (gema e clara) (de acordo com o tamanho da torta pode levar mais ovos)
Como fazer
Do pão de ló tradicional de minha família por diversas gerações
Bata as gemas com o açúcar até que fique brancas e esponjosas (leva aproximadamente 20 minutos).
Acrescente a essência de baunilha e a casca de limão ralada às gemas batidas com o açúcar, sem parar de bater.
Peneire a farinha de trigo ou a fécula de batata por cima das gemas batidas, sem parar de bater.
Acrescente as claras batidas a ponto neve e misture bem. (é só misturar não pode ser batida novamente).
Despeje numa forma preparada (ou seja untada e enfarinhada).
Asse em forno moderado (eu costumo assar a 160° C ) por aproximadamente 30 minutos.
Recheio:
Primeiro preparo a calda de açúcar conforme o tamanho da torta e deixo esfriar.
Em seguida deixo a mão todos os ingredientes do recheio que vou utilizar na torta
Montagem da torta:
Escolha uma bandeja que possa ir do forno para a mesa com a torta e comece a montagem da mesma observando os seguintes passos:
Prepare o pão de ló e divida em duas partes ou faça 2 pães de ló
Coloque a metade do pão de ló (ou um pão de ló inteiro) sobre a bandeja escolhida.
Molhe com o vinho do Porto doce, até que fique bem ensopada (eu costumo chamar este processo de embebedar a torta).
Misture a calda de açúcar previamente preparada com a nata e despeje por cima da primeira metade do pão de ló, (ou por cima do primeiro pão de ló).
Utilize somente a metade da calda e das natas.
Por cima da calda e da nata polvilhe com a metade das nozes picadas, das amêndoas picadas, das uvas passas sem sementes que ficaram de molho desde o dia anterior, e por fim polvilhe com um pouquinho de canela em pó.
Coloque por cima a outra metade do pão de ló ou com outro pão de ló (ou seja tampe com a metade do pão de ló ou com outro pão de ló).
Cubra por cima com o restante da calda de nata, e também polvilhe com o restante das nozes picadas, das amêndoas picadas, das uvas passas sem sementes e com um pouquinho de canela em pó.
Quando este formada a torta banhe a mesma com um ovo batido (gema e clara) ao mesmo tempo.
Leve ao forno por 10 a 15 minutos.
Retire do forno e deixe esfriar.
Formas de Servir a torta:
Em fatias acompanhada de um bom chá, como sobremesa depois de uma ceia, e se retirar do forno e colocar imediatamente no refrigerador fica uma torta gelada sem comparação pela delicadeza da massa.
Informações adicionais
Vou colocar três informações sobre a torta, a primeira de como eu lembrei dessa torta e resolvi fazê-la e a segunda a referencia da mesma, por essa razão vou enumera-las
1) Ainda bem que existe em português uma palavra que exprime o sentimento com que eu acordei alguns dias atrás, "saudade". Pois amanheci com uma certa recordação de comer algo que fazia muitos anos que eu não comia, misturada com uma saudade que não sabia exatamente do que se tratava, para me distrair e passar essa sensação estranha, resolvi dar uma olhada num livro boliviano, quando vi a torta, foi como se abrisse uma janela na minha mente e me visse ainda criança comendo essa torta, não resisti, fui para a cozinha e fiz a torta, é mais do que saborosa. Só experimentado para saber.
2°) As referência são as minhas recordações + Livro " La comida popular boliviana" onde indica que esta receita foi ditada para o autor do livro por Dona Isabel Reynolds Ipina em 22/06/ 1989 na cidade de Sucre, Departamento de Chuquisaca - Bolívia
3) Esta receita também estará publicada no meu blog "kantuta - lluvia de sabores aroma de café" em espanhol, da forma exata que eu encontrei no livro, já que para uma melhor compreensão em português eu posto aqui, tal qual eu a fiz.
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