Tudo sobre o Amendoim
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Muita gente acha que por ser calórico ele engorda, mas o amendoim provou ser uma importante fonte de proteínas, fortalecedor do sistema imunológico e eficaz até para quem quer emagrecer
Três nutricionistas – Bárbara Rescalli Sanches, VP Consultoria Nutricional; Tânia Rodrigues, da RG Nutri e Adriana Ciotti, do Centro Especializado em Emagrecimento e Estética, Emagrecentro – esclarecem um pouco dos mitos e verdades sobre o amendoim (Arachis hypogea), que pertence ao grupo das leguminosas. Esse nativo da América do Sul mas cresce em diversos ambientes, nos 6 continentes. Ele surgiu no Brasil e foi difundido na América Latina pelos índios. E, claro, espalhou-se pelo mundo todo.
Benefícios
Bárbara diz que dentre os benefícios deste alimento destacam-se os relacionados à prevenção de doenças cardíacas. “Isso porque o amendoim apresenta uma qualidade de gorduras insaturadas interessantes, além de compostos bioativos que auxilia no controle dos lipídeos sanguíneos, oxidação e atividade vascular”. Adriana diz mais: “ Tem propriedades que ajudam a combater problemas como a hemorroidas, é anti-inflamatório e estimulante. Protegem contra doenças cardiovasculares pois diminuem os níveis sanguíneos de colesterol ruim (LDL) e triglicérides”, diz Adriana.
Nutrição
O amendoim também apresenta outros aspectos nutricionais importantes. “Por exemplo, a presença de proteína vegetal, fibras, potássio, cálcio, magnésio, além de fitosteróis, Omega-6 e outros componentes”, afirma Bárbara. E a nutricionista esclarece que esses nutrientes auxiliam o organismo em geral funcionar bem, além do coração.
Afrodisíaco
Adriana destaca, como Bárbara, os mesmos benefícios à saúde, principalmente cardíaca. Mas lembra também que ele tem a característica que mais lhe deu fama. “entre suas propriedades, está a afrodisíaca”. Tânia afirma que muitos alimentos entram na lista de afrodisíacos, mas a ciência ainda não apresenta boas evidências que comprovem. “Contudo, podemos dizer que a presença de ácidos graxos essenciais podem influenciar na produção dos hormônios e, ainda, por conter feniletilamina, pode promover a sensação de prazer”.
Emagrecimento
De acordo com Adriana, o amendoim auxilia no emagrecimento. “Isso acontece porque uma pequena quantidade de amendoim leva à saciedade, e isso reduz a quantidade de qualquer alimento que venha a ser consumido posteriormente”.
Riscos
“Há muito risco de contaminação por Aspergillus flavus e A. parasiticus que formam aflo toxinas”. Calma: ela explica. “São toxinas extremamente potentes causadores de câncer”, alerta Bárbara. Esta contaminação pode ocorrer tanto no amendoim quanto em outros alimentos que ficam estocados em armazéns sem o devido controle de qualidade. “Para fugir deste problema, o amendoim deve ter passado por um controle de qualidade rigoroso. Portanto, ao comprar, é importante saber a procedência do produto”, orienta Bárbara.
Alergias
Outro problema do amendoim é que ele é um alimento altamente alergênico, explica Bárbara. “Pode desencadear bronquite, asma, sinusite, hiperatividade, problemas de pele, sono irregular, vontade de urinar no meio da noite, dores de cabeça e colites”. Mas isso é muito individual. Isso prova que mesmo os alimentos da natureza não são recomendados para todas as pessoas.
Consumo
“O amendoim pode ser consumido de diversas maneiras: torrado e temperado junto com outros alimentos como risotos, com legumes, ou em forma de derivados como óleo, farinha, pastas para o café da manhã, sobremesas e bolos”, recomenda Adriana.
Quantidade
O amendoim pertence ao grupo das oleaginosas (grupo de alimentos ricos em gorduras). “Seu consumo em grandes quantidades pode fornecer muitas calorias e, se aliada a uma dieta desequilibrada, pode favorecer o ganho de peso”, diz a nutricionista Tânia. “O ideal não é evitar, mas, sim, consumir de maneira equilibrada. Um punhado (30g) ou 2 colheres de sopa possuem 171 Kcal”. Mas não há uma recomendação de amendoim definida.
Conservação
O amendoim está sujeito à contaminação por fungos. A invasão por estes microrganismos pode ocorrer no solo, durante o processo de formação das sementes, na colheita e no armazenamento. “Essa semente, assim como as castanhas e o milho, pode apresentar toxinas produzidas por fungos, conhecidas como aflatoxinas”. Por isso, ao comprar e guardar, veja se as condições de armazenamento. “Ele não deve ficar em locais úmidos e quentes, para evitar o crescimento dos microrganismos e a produção de toxinas”, ensina Tânia.